Olavo Villa Couto – Satânia (Memórias de Uma Santa Escritas Por Um Fantasma)

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Descrição

Satânia (Memórias de Uma Santa Escritas Por Um Fantasma)
Olavo Villa Couto
Gênero: Romance
Ano: 2021
Edição:
Editora: BarataVerso
Páginas: 222
Tamanho: 16 × 23 × 1,50 cm
Peso: 0,400

Para muita gente este livro seja considerado anti-literatura, maluco ou ainda fruto de uma mente doentia. Para a maioria dos leitores, os fatos nele narrados podem ser considerados invenções de uma mente perturbada em busca de sucesso a qualquer custo. Mas garanto que tudo nele é factual, embora de difícil confrontação, já que é sabido que de há muito tempo a mídia em geral esconde fatos e manipula informações, escamoteando-os sob suas próprias convicções ideológicas, e então muita coisa é soterrada, simplesmente apagada de todos os meios, como no Ministério da Verdade de Orwell. A internet que de a maior biblioteca aberta e livre do mundo, se transformou em forma de construir e assassinar reputações, escondendo verdades de acordo com interesses que nem os antigos magnatas da imprensa sonharam. Portanto, se é difícil comprovarmos os fatos descritas em “Memórias de Uma Santa Escritas Por Um Fantasma”, não se pode tachar o autor de maluco por contá-los.

Minha relação com Olavo Villa Couto começou de forma intempestiva e raivosa: recebi um email muito mal educado dele ― ao qual, juntamente com todas as nossas comunicações durante a escrita deste livro estão reproduzidas ― me acusando de não dar importância ao seu trabalho, um romance que ele teria enviado a minha editora há mais de um ano. Não localizei entre os originais enviados o que ele se referia, e acabei ignorando, dando por encerrado o assunto.
Depois de algum tempo, no entanto, Olavo surgiu em carne e osso, invadindo minha sala e me jogando na cara um contrato bem substancioso financeiramente, onde dizia que tinha sido cooptado por uma pessoa da “alta sociedade” como “ghost writer”, e que queria publicar o livro conosco. O petisco, ou seja, a idéia do livro, a autobiografia de uma mulher que se dizia ser “Satânia”, filha de Anton Lavey, lendário criador da Igreja de Satã, me convenceu que poderia, sim, ser um sucesso de vendas, e assim aceitei o desafio.

Lidar com escritores, famosos ou não, é o meu trabalho, mas eu não tinha noção das reviravoltas nesse caso, que culminaram com a mudança total do projeto inicial e um final trágico. A maioria das pessoas pensa que editores são seres desalmados, prontos a explorar aos pobres escritores, o que na maioria das vezes é verdade. Infelizmente. Falta a maior parte deles a sensibilidade que todos deveriam ter, de que um livro reflete a alma de uma pessoa, e no mínimo com respeito deve ser tratado. O problema é que, em contrapartida, muitos escritores sem o menor “talento”, acreditam ser as novas encarnações de Kafka e Machado e querem reverências que absolutamente são imerecidas. Claro que assim acabamos por alijar ótimos autores, mas é impossível filtrar de forma isenta todos que nos procuram. Que me desculpem os bons, mas a quantidade de maus escritores atualmente os suplantam em muito. Bons escritores nesta segunda década do terceiro milênio são raridade.

Bem, prefiro parar por aqui minhas justificativas aos maus e eleger aos bons. E de fato Olavo Villa Couto merecia um destino melhor, e não deixo de, como ser humano que exerce sua humanidade, me sentir culpado por seu destino. E espero que o leitor mais arguto, que valoriza as entrelinhas, se encontre e se deixe levar pelos argumentos sólidos, embora sem lógica aparente que quase todos buscam nos romances tradicionais, mergulhando nestas memórias escritas por um fantasma. Em outras palavras, Olavo é um escritor autêntico, honesto e, porque não dizer, genial, desses que aparecem a cada cinquenta, sessenta anos. Basta dizer que já na manhã que recebi os originais, e nas primeiras páginas, o livro tinha me causado comoção, e assim me senti pela primeira vez na pele de um escritor.

O livro é cheio de detalhes que apenas o leitor mais arguto irá perceber. Uma dica é que o texto é ponteado por números dobrados. Há sempre 11, 22, 33 e assim por diante. Propositalmente ou não, os originais entregues tinham 22 capítulos e a edição final ficou com 222 páginas. E há outros, como sutis referencias da cultura pop.

Por fim, àqueles que estranharam um editor prefaciando um livro de seus escritores, digo que é o mínimo que eu poderia fazer, e não pela culpa ou pela desculpa de não ter-lhe dado as oportunidades merecidas, mas por apostar minha reputação num livro que decerto ultrapassará o tempo, e será um marco e um retrato desta nossa sociedade fraca e confusa, que virou escrava de sistemas desumanos.

Jorgy Khlebarka, Editor, Editora Kastello, Julho de 2021

Informação adicional

Peso 0,400 kg
Dimensões 16 × 23 × 1,5 cm
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