Luxemburgueses em Mauthausen

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Descrição

Luxemburgueses em Mauthausen
Autor: Ricardo Paulus (Organizador)
Gênero: Relatos Históricos
Ano: 2025
Páginas: 152
Tamanho: 14 X 21 X 0,9 cm

O Grão Ducado de Luxemburgo tinha todas as suas razoes durante esta cruzada que de 1939 a 1945 uniu tantos homens, de permanecer neutro ou até no campo de aqueles que por um instante se puderam crer vencedores. Uma indústria, uma língua, uma vizinhança, tudo podia facilitar para os Luxemburgueses esta “colaboração” e se não a perdoar, ao menos a explicar.
Ora, o Luxemburgo tem, imediatamente sem calculo de interesse, sem nenhuma reflexão, sem atraso, sem recuo, resistido ao invasor, ao ocupante.
Seus Príncipes, seu governo, seu povo, neste canto da bela Europa tem desde aquele momento trágico mostrado para todos os caminhos da honra.

Este caminho, os Luxemburgueses o percorreram no sofrimento. A resistência, símbolo da coragem e da dignidade, tem por muitos dos seus filhos e filhas marcados o inicio de um calvário: a luta clandestina, febre gloriosa e permanente impregnada em nos a cada instante da nossa vida, mesmo em nosso sono; a detenção deprimente; o interrogatório e a tortura física, moral, mas também esta alegria profunda, imensa, interior de se sentir sozinho e ao mesmo tempo tão rodeado, apoiado por tantos e tantos camaradas, como levado do fundo dos nossos calabouços por um pensamento sublime para um céu da liberdade.

Em seguida, a longa viagem trágica e enganadora para o que se esperava ser o campo de prisioneiros e a fuga sempre possível O acordar brutal, a flagelação, as botas, o uniforme, os cães, as pedras, a poeira e a lama, as galochas de madeira sobre as calçadas disjuntas, os camaradas que caiem com o ruído de ossos quebrando, o sangue ressecado, a sopa sempre suficiente para dar vontade de comer… A morte, a morte, a morte e ainda pior, a vida de cada dia, de cada noite sob os projetores que recomeçava sem fim, recomeçava sempre à medida que se decaia em nossa volta o grupo de camaradas, o grupo de irmãos.

Falou-se, e é preciso falar de novo para nós, os deportados, esta passagem da nossa vida tem sido um novo nascimento, no sofrimento, mas uma nova vida. Seremos perdoados sem duvida deste egoísmo, desta alegria intensa de ainda estarmos entre nós, mesmo com os nossos mortos que nos param ainda estão em vida, de pé na vida ao nosso lado como nos fomos aos seus lados, deitados na morte.

E para a juventude do Grão Ducado que gostaria ainda de falar. Saibam que seus pais não procuram tirar deste dever que eles cumpriram de grande coração, nem vã gloria, nem triunfo, nem honra. Saibam que o sofrimento lhes tem simplesmente, melhor que para muitos outros, aberto um pouco mais os olhos sobre os defeitos e as qualidades dos homens e, se às vezes seus olhares lhes parecem distantes, e que eles revêem coisas que eles não querem que vocês vejam, nunca, nem vocês, nem os seus, nem aqueles que sucederão a vocês, nem os povos que lhes cercam.

Saibam que o sofrimento gerou a compreensão, que o ódio gerou a bondade. Eles querem modestamente ser um testemunho do que não se deve mais conhecer num mundo que pode ser tão bonito. Pensam nisto, jovens do Luxemburgo que estão lendo este livro. Pensam também que a importância de um país e seu valor não se mede ao metro quadrado de superfície do solo, a densidade de tal ou tal população, ao poder de tal indústria, sobretudo não a gloria de tal ou tal homem, mas ao comportamento de todos os seus filhos na adversidade.

Pensam que durante esta passagem da historia do seu país aqueles que são citados nesta coleção fizeram do Luxemburgo um país maior – é a homenagem que é preciso render aos mortos e aos vivos, aos meus camaradas e aos meus Amigos, aos meus irmãos Luxemburgueses.

R. SHEPPARD
Presidente da Comissão Internacional de Mauthausen
Matrícula 35.174 

Informação adicional

Peso 0,20 kg
Dimensões 14 × 21 × 1,0 cm
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